Projetos













Projetos do Condominio




PRAD

PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA


I - Caracterização o Imóvel

Documentação Fundiária
INCRA 530.100.650.171; Registro de convenção do condomínio Chácara Cubatão Velho, nº 7916 de 14/11/2003 do Cartório de Registro de Imóveis da 1ª Circunscrição da Comarca de Joinville/SC
Endereço

Localidade


Município/UF

Joinville/SC
Área da propriedade
27,02ha
Área do PRAD
ha
Área do PRAD em APP
ha
Coordenadas Geograficas/DATUM
Obtidas pelo GPSmap 60Csx da Garmin utilizando-se do Datun Sirgas2000
Longitude
48° 52' 27.02" O
Latitude
26° 12' 28.96" S
- Anexar Croqui da Propriedade detalhando a hidrografia, APP(s), Reserva Legal e área do PRAD.
- Anexar Croqui de acesso à propriedade, a partir da sede do Município.para rios acima de 10 m app 50 metros

II - Detentor

Nome

Condomínio de Chácaras Cubatão Velho
Endereço

Município/UF
Joinville/SC

CEP


E-mail

Telefone/Fax

CPF/CNPJ
08.931.948/0001-83
RG/Emissor


III - Responsável Técnico pela Elaboração

Nome

Ricardo Werner Plothow
Formação
Engenheiro Agrônomo
Endereço
Rua Carlos Vitor Hardt, 410
Município/UF
Joinville/SC

CEP

89.237-330
E-mail
Telefone/Fax
(47)3027-3051
CPF/CNPJ
654.543.759-34
CREA/UF
029.987-7/SC
Número da ART

Validade da ART


IV - Responsável Técnico pela Execução

Nome

Ricardo Werner Plothow
Formação
Engenheiro Agrônomo
Endereço
Rua Carlos Vitor Hardt, 410
Município/UF
Joinville/SC

CEP

89.237-330
E-mail
Telefone/Fax
(47)3027-3051
CPF/CNPJ
654.543.759-34
CREA/UF
029.987-7/SC
Número da ART

Validade da ART


V - Origem da Degradação

Danos Ambientais Causados

- Degradação de Área de Preservação Permanente (mata ciliar);
- Descaracterização do habitat dos ecossistemas da região;
- Alteração da paisagem natural;
- Contribuição para o aumento do assoreamento dos rios.



Origem dos Danos Ambientais
- A área em questão foi utilizada para a implantação da cultura diversa e pastagens, ocasionando a degradação desta área de preservação.
Efeitos Causados ao Ambiente
- Com a fragmentação do habitat, comprometem-se suas funções, refúgio e alimento para a fauna, os locais propícios à alimentação e à desova foram comprometidos.
- Comprometimento do potencial de redução do impacto de fontes de poluição em áreas a montante da área degrada, função esta realizada pela vegetação ciliar através de mecanismos de filtragem (retenção de sedimentos), minimização assim os processos de assoreamento, lixiviação e do escoamento superficial;
- Aumento do risco de alagamento e enchentes e em época de cheia visto que uma das principais funções da mata ciliar é reduzir o escoamento com a retenção das águas superficiais;
- Perda da capacidade de recuperação natural após a ocorrência dos distúrbios ambientais.
- A erosão das margens gerando instabilidade do leito e das margens dos rios, alterando as características do solo (horizontes, nutrientes, etc.) e dos organismos que o compõem;

VI - Caracterização Regional e Local

Climatologia

Segundo a classificação climática de Köppen, esta zona é classificada como clima Cfa, constituído por um  clima subtropical úmido, sem estação seca, com verão quente, temperatura média do mês mais quente maior que 22ºC.
Ecossistema
Na porção leste do Estado, definida praticamente em toda sua extensão pela barreira geográfica natural  da Serra do Mar, situa-se a região da  Floresta Atlântica.
Fitofisionomia
A Região Fitoecológica: de Floresta Ombrófila Densa
Bacia Hidrográfica
A área do PRAD está inserida.na Bacia do Rio Cubatão
Microbacia Hidrográfica
Segundo mapas do CCJ esta inserida nn Sub Bacia do  Baixo Cubatão.
Pedologia
Com observação a campo, podemos observar a existência de dois tipos de solos, que são o Cambissolo Álicos Tb A moderado, textura argilosa e solos Aluviais Álico Tb A moderado, textura média + Glei pouco Húmico Álico Tb, textura média amos fased floresta tropical perenifólia de várzea, relevo plano

VII - Caracterização da Área Degradada (Área do PRAD)

Situação Original (Antes dos Danos)
Situação Atual (Após os Danos)

Relevo

A planície costeira se formou em função da deposição dos sedimentos recentes sobre o embasamento, possui gênese fluvial na parte do médio curso do rio Cubatão e relevo plano, com cotas inferiores a 30 m, no qual se destacam alguns morros isolados formados por rochas gnáissicas e quartzitos de no máximo 200 m. O rio Cubatão, nessa parte, apresenta canal de forma meandrante e anastomosada, formando uma extensa planície aluvionar com terraços, ilhas fluviais e meandros abandonados.
A planície costeira se estende por cerca de 17 km entre a serra do Mar e a foz do rio Cubatão na baía da Babitonga.
Não foram verificadas alterações no relevo ocasionadas pelos danos.



Solo
De acordo com o Mapa de Solos da Unidade de Planejamento Regional Litoral Norte Catarinense, elaborado pelo Centro de Informações de Recursos Ambientais de Santa Catarina (2002), os solos predominantes são do tipo Cambissolos e Neossolos.
Cambissoio Alico Tb A moderado, textura argilosa estes solos foram definidos em função da seguinte combinação de características: alta saturação por alumínio trocável, argila de atividade baixa (Tb), horizonte A do tipo moderado e textura argilosa. Solos co m estas características ocorrem principalmente nas microrregiões Carbonífera, Colonial do Alt o Itajaí, Colonial de Joinville, Colonial Serrana Catarinense e Florianópolis, em altitudes que vão desde os 30 m nas microrregiões de Florianópolis e Colonial de Joinville até 800 m na microrregião Colonial do Alt o Itajaí.
São desenvolvidos dominantemente a partir da meteorização de rochas sedimentares, e em menor escala da intemperização de rochas efusivas da Formação Serra Geral. O horizonte A, com espessura em geral compreendida entre 15 e 25c m é bruno-amarelado escuro, de matiz 10YR, valor e croma em torno de 4. A estrutura costuma ser fraca a moderada pequena a média granular e fraca pequena, blocos subangulares, variando a consistência de ligeiramente dura a dura com o solo seco, friável quando úmido e ligeiramente plástico a plástico e ligeiramente pegajoso co m o solo molhado. O horizonte B é em geral bruno-amarelado ou bruno-amarelado escuro, com matiz 10YR, valor entre 4 e 5, e croma entre 5 e 7, estrutura fraca média e grande blocos subangulares com aparência de maciça pastosa quando molhado. O grau de consistência varia de duro a muito duro com o solo seco, friável quando úmido e de ligeiramente plástico a plástico e ligeiramente pegajoso a pegajoso quando molhado, textura média na superfície e no horizonte glei. Solos com estas características ocorrem nas microrregiões Colonial de Joinville, Planalto de Canoinhas e Florianópolis, sendo formados em sedimentos aluvionais recentes de textura grosseira, relacionados ao Grupo Patos.

A caracterização da do solo do local foi diagnosticada mediante análise do Mapa de Solos da Unidade de Planejamento Regional Litoral Norte Catarinense, elaborado pelo Centro de Informações de Recursos Ambientais de Santa Catarina (2002), que segue anexo, e não houve alteração em sua identificação anterior.
Solos
Solos Aluviais, são solos minerais, pouco desenvolvidos, com horizonte A assente sobre camadas usualmente estratificadas, de textura, espessura, composição química e mineralógica muito variada. São derivados de sedimentos aluviais ou colúvio-aluviais não consolidados referidos ao Quaternário. Estes sedimentos podem apresentar composição e granulometria heterogênea, e dependem do tipo de rocha da qual se originam, razão pela qual os Solos Aluviais são pouco uniformes. Os agentes de formação destes solos ainda não tiveram tempo suficiente para agir sobre o material de origem, donde a não existência de horizontes pedogenéticos diferenciados, embora possa haver perfis que apresentem início de formação de um horizonte B incipiente. Apenas o     horizonte A, por já ter sofrido modificações resultantes da ação do Intemperismo, possui características morfológicas definidas, que podem enquadrá-lo como horizonte pedogenético. As características morfológicas das camadas apresentam grande variação, principalmente quanto à textura. Normalmente apresentam cores claras, embora possam ocorrer cores escuras intercaladas, mosqueados e gleização, dependendo das condições de drenagem. Em geral são solos pouco profundos, de fertilidade e drenagem variadas. Ocorrem em relevo plano, nos terraços próximos aos rios, com vegetação do tipo floresta tropical de várzea.
Glei Pouco Húmico, compreende solos minerais hidromórficos, pouco desenvolvidos, co m presença de horizonte giei dentro de 50c m da superfície, ou começando a uma profundidade maior que 50cm , desde que o(s) horizonte(s) situado(s) entre o A e o giei seja(m) de natureza mineral com relevante mosqueado de redução.Os Glei Pouco Húmico Alico Ta e Tb, textura média, esta variedade de Glei Pouco Húmico foi discriminada por apresentar a seguinte combinação de características: alta saturação por alumínio trocável, argila de atividade alta e

Hidrografia
A bacia hidrográfica do rio Cubatão do Norte é considerada uma das mais importantes bacias hidrográficas da região nordeste de Santa Catarina. O interesse despertado por ela está relacionado à grande diversidade de ambientes naturais e antropizados, encontrados dentro de seus limites, e pelo fato de o rio Cubatão do Norte ser o principal manancial dos  municípios de Joinville e Araquari. Cerca  de 75% da área total da bacia está  localizada em Joinville e 25% em Garuva.
A área total da bacia hidrográfica do rio Cubatão do Norte é de 492 km², com a extensão do canal principal de 88 km. Suas nascentes estão situadas na serra Queimada, a altitudes próximas a 1.200 m, e sua foz fica na baía da Babitonga.
 A ocupação da bacia hidrográfica do rio Cubatão do Norte (BHRCN) teve início no ano de 1852, quando houve a expansão da colônia Dona Francisca. A partir daí, novos usos foram agregados à terra, gerando grandes modificações na dinâmica natural. Atualmente a BHRCN apresenta usos e ocupações distintos, como reflorestamento de espécies exóticas, mineração em canais fluviais e em pedreiras, agricultura, pecuária, piscicultura, áreas de proteção ambiental (APAs), rodovias públicas, estradas vicinais, pontes e travessias,  barragens, canal de derivação, poliduto  que transporta combustíveis, estação de captação de água, redes de transmissão de energia, aeroporto, aterros sanitário,  industrial e doméstico e núcleos  habitacionais rurais e urbanos pertencentes ao distrito de Pirabeiraba. Encontram-se na área da bacia vilas e bairros, tanto pequenos como muito populosos, situados no baixo curso do rio Cubatão do Norte, representados pelos bairros Jardim Paraíso, Jardim Sofia e Jardim Kelly, além de escolas, áreas de  comércio e zona industrial.
Com a remoção da vegetação ciliar verifica-se um aumento da turbidez, a intensificação dos processos erosivos das margens e conseqüente assoreamento de parte do leito dos rios em questão.
Vegetação
A propriedade está inserida na região fitoecológica da Floresta Ombrófila Densa, conforme Resolução nº 4, de 4 de maio de 1994 do CONAMA  poderíamos classificar a vegetação em Estagio de Sucessão de Vegetação Secundária em estágio Inicial a Médio de Regeneração, uma vez que a região foi explorada a muito tempo pela atividade de agricultura e pecuária.
Observou-se que o local no qual o PRAD será executado encontra-se bastante descaracterizada, estando desprovida de vegetação nativa. Entretanto, na área próxima ao local no qual será executado o PRAD verifica-se a existência de remanescentes de vegetação nativa, fator positivo este para a recuperação da área em questão.



Imagens 5,6 e 7 da propriedade olhando em sentido norte



Imagens 5,6 e 7 da propriedade olhando em sentido norte



Imagens 8,9 e 10 do meio da propriedade olhando em direção sul



VIII - Objetivo Geral do PRAD
Recuperar a área degradada através da recomposição da vegetação ciliar, ou seja, o resultado final esperado, o qual deve ser no mínimo semelhante a condição da área antes desta ter sido degradada. 


IX - Objetivos Específicos do PRAD
- Recuperar as condições ecológicas, hidrológicas e morfológicos da área degradada;
- Promover uma dinâmica de sucessão ecológica onde a área impactada é considerada o ponto de partida para o restabelecimento de novas espécies propiciando assim condições para que as relações ecológicas existentes antes da ocorrência dos danos ambientais sejam restabelecidas;
- Promover a proteção e o manejo da vegetação remanescente;
- Atender ao disposto no Código Florestal (Art 2º, Lei n.° 4.777 de 1965) e no Art. 49 do Código Municipal de 1996, onde se considera todas as formações vegetais ao longo dos rios como de preservação permanente, devendo estas apresentar uma faixa marginal de largura mínima de 30 metros para rios com largura de até 10 metros;
- Mitigar possíveis impactos sobre a fauna aquática, destacando-se a ictiofauna;
- Reduzir os processos erosivos e conseqüentemente de assoreamento dos rios aumentando a proteção física das margens dos rios, assegurando a preservação da qualidade dos corpos d’água, sobretudo sob o aspecto hidrográfico, no que tange às alterações na vazão e no assoreamento.



X - Metodologias de Implantação
A combinação de espécies de diferentes grupos ecológicos ou categorias sucessionais é extremamente importante nos projetos de recuperação. As florestas são formadas através do processo denominado de sucessão secundária, onde grupos de espécies adaptadas a condições de maior luminosidade colonizam as áreas abertas, e crescem rapidamente, fornecendo o sombreamento necessário para o estabelecimento de espécies mais tardias na sucessão. Várias classificações das espécies em grupos ecológicos têm sido propostas na literatura especializada, sendo mais empregada a classificação em quatro grupos distintos: pioneiras, secundárias iniciais, secundárias tardias e climáticas (MARTINS, 2001).

Introdução de espécies nativas em área total
Ira ser realizada por meio da transferência de plantio de mudas.
No plantio em área total são realizadas combinações das espécies em módulos ou grupos de plantio, visando à implantação das espécies dos estádios finais de sucessão (secundárias, tardias e clímax) conjuntamente com espécies dos estádios iniciais de sucessão (pioneiras e secundárias iniciais), compondo unidades sucessionais que resultam em uma gradual substituição de espécies dos diferentes grupos ecológicos no tempo, caracterizando o processo de sucessão. Para a combinação das espécies de diferentes comportamentos (pioneiras, secundárias e/ou climácicas) ou de diferentes grupos ecológicos, são utilizados dois grupos funcionais: grupo de preenchimento e grupo de diversidade. O grupo de preenchimento é constituído por espécies que possuem rápido crescimento “e” boa cobertura de copa, proporcionando o rápido fechamento da área plantada. A maioria dessas espécies é classificada como Pioneira, mas as espécies Secundárias Iniciais também fazem parte desse grupo, e por isso o mesmo pode ser referido como grupo das Pioneiras (P). Com o rápido recobrimento da área, essas espécies criam um ambiente favorável ao desenvolvimento dos indivíduos do grupo de diversidade e desfavorecem o desenvolvimento de espécies competidoras, como gramíneas e lianas agressivas (trepadeiras), através do sombreamento da área de recuperação.
No grupo de diversidade incluem-se as espécies que não possuem rápido crescimento “e/ou” nem boa cobertura de copa, mas são fundamentais para garantir a perpetuação da área plantada, já que são as espécies desse grupo que irão gradualmente substituir as do grupo de preenchimento quando essas entrarem em senescência (morte), ocupando definitivamente á área. Esse grupo se assemelha muito ao grupo referido em alguns projetos como grupo das não pioneiras (NP) (secundárias tardias e clímax). Incluem-se nesse grupo todas as demais espécies regionais não pertencentes ao grupo de preenchimento, inclusive espécies de outras formas de vegetais que não as arbóreas, como as arvoretas, os arbustos e herbáceas, tanto epífitas como terrestres.
O sucesso de um plantio e a obtenção de povoamentos produtivos e com madeira de qualidade deve ser pautado por práticas silviculturais como: limpeza da área, controle de pragas e doenças, definição do método de plantio e tratos culturais. O plantio se caracteriza pela colocação da muda no campo. O plantio manual é recomendado para áreas declivosas ou em situações onde não é viável o uso de máquinas agrícolas. Vale ressaltar que a região é plana e o local possui topografia suave. Os plantios de nativas realizados no sul do Brasil, na sua maioria, adotam o sistema manual em função da rusticidade da espécie, da disponibilidade de mão de obra e em muitas situações pelas condições topográficas. Para o local o recomendado será o plantio manual. Alguns fatores importantes devem ser definidos previamente antes do plantio propriamente dito, com destaque para a escolha das mudas, o espaçamento de plantio, as operações de manejo, os tratos culturais e a adubação das mudas. Constituem-se operações básicas para a implantação de um maciço florestal o preparo de solo e plantio.
Na área encontrada junto ao leito do rio, distando até 30 metros deste, será executada a técnica de recuperação utilizando-se mudas de espécies nativas típicas da região, contando que a área encontra-se próxima a uma região de próxima de remanescentes, o que atribui ao local à presença de fauna característica que auxiliará no processo de recuperação da área.

Seleção de espécies
Na escolha de espécies a serem plantadas em áreas ciliares é imprescindível levar em consideração a variação de umidade do solo nas margens dos cursos d'água. As matas ciliares apresentam uma heterogeneidade florística elevada por ocuparem diferentes ambientes ao longo das margens dos rios. A grande variação de fatores ecológicos nas margens dos cursos d'água resultam em uma vegetação arbustivo-arbórea adaptada a tais variações.

Para as áreas permanentemente encharcadas, recomenda-se espécies adaptadas a estes ambientes, como aquelas típicas de florestas de brejo. Para os diques, são indicadas espécies com capacidade de sobrevivência em condições de inundações temporárias. Já para as áreas livres de inundação, como as mais altas do terreno e as marginais ao curso d'água, porém compondo barrancos elevados, recomenda-se espécies adaptadas a solos bem drenados.
O número de mudas necessárias foi definido após medição in loco da área total a ser recuperada, Considerando que no total serão recuperados 21.087,78 m2 e a razão de 1 muda/6 m2 (3,00mx2,00m) para garantir o espaçamento entre as espécies, serão necessárias 3.515 mudas (mais um acréscimo de 5% deste valor para ter mudas de reserva, totalizando 3.690 mudas).
Será dada a preferência para espécies que tenham disponibilidade em viveiros da região, observando a maior diversidade de espécies distribuídas bem como a disponibilidade das mesmas. Serão implantadas no mínimo 10 espécies em cada local para se ter a maior diversidade de espécies. Será dada preferência por indivíduos que estejam no local em processo de regeneração natural. 
Serão feitas 3.455 covas com dimensões de 40X40x40 cm. As mudas terão aproximadamente de 30 à 60 cm, sendo amarradas com borrachas ou sisal em um tutor de madeira para sustentação.
A escolha das espécies será feita em considerando que 50% das mudas deverão ser de espécies pioneiras, 25% de espécies secundárias e 25% de espécies climáx.  

Descrição das espécies indicadas para a recomposição
As espécies indicadas para a recomposição foram definidas baseadas nos remanescentes da região, com o objetivo de adicionar características importantes de algumas espécies no processo de seleção das espécies que irão compor os plantios, como o potencial em atrair a fauna de dispersores de sementes, bem como as características de rusticidade de algumas espécies que atuam como ativadoras do processo de sucessão, características fundamentais, principalmente para as áreas degradadas que se encontram com solos em condições físicas, químicas e ou biológicas alteradas..

Especies que poderão compor este PRAD, encontrando-se outras espécies nativas da região também poderão ser utilizadas para compor a revegetação, uma vez obedecendo aos critérios do método.
Onde P (Preenchimento) e D (Diversidade)

Pioneiras
Aroeira vermelha (Schinus terebinthifolius) - Anarcardiaceae P
Aleluia (Senna macranthera) P
Pau-viola (Cytharexylum myrianthum) P
Araça-vermelho (Eugenia multicostata) P
Capororoca (Rapanea guianensis) P
Quaresmeira (Tibouchina granulosa) P
Tamanqueiro (Aegiphila sellowiana) P
Tapiá (Alchornea triplinervia) P
Embaúba (Cecropia glazioui) – Cecropiaceae P
Canema (Solanum pseudoquina) – Solanaceae P
Tanheiro (Alchornea triplinervea) Euphorbiaceae P

Secundária Inicial
Cafézinho (Maytenus robusta) D
Canela (Nectandra megapotamica) D
Canela-nhoçara ( Nectandra oppositifolia )
Canela-nhoçara ( Nectandra membranacea
Guanandi (Calophillum brasiliensis) D
Mamica-de-porca (Zanthoxylum riedelianum) D
Tamboril/Timburi/Orelha-de-negro (Enterolobium contortisiliquum) D
Pitanga (Eugenia uniflora) Myrtaceae D

Secundárias Tradias e Climax
Canjerana (Cabralea canjerana) D
Cedro-rosa (Cedrela issilis) D
Olandi (Calophyllum brasiliense) Clusiaceae D
Palmito (Euterpe edulis) Arecaceae D
Capororoca (Rapanea ferruginea) P
Crindiúva/ Periquiteira (Trema micrantha) P
Embaúba-vermelha (Cecropia glaziovi) P
Figueira-branca (Ficus guaranítica) D
Guaçatonga (Casearia sylvestris) P
Imbiruçu (Pseudobombax grandil orum) D
Ingá-feijão (Ingá marginata) Leguminosae P
Jerivá (Syagrus romanzoi Ana) D
Pessegueiro-do-mato (Eugenia edulis) P
Guaçatonga (Casearia sylvestris) Flacourtiaceae P
Baguaçu, pinheiro-brejo (Magnolia ovata)
Magnoliaceae D
Caúna-de-folhas-gradas (Ilex theezans) Aquifoliaceae D


Quadro modelo de palntio das mudas

Independente da estratégia de Recuperação Ambiental proposta, deve-se promover o isolamento da área de fatores físicos e/ou biológicos que possam dificultar o processo de recuperação;





XI - Metodologia dos Tratos Culturais e Intervenções
Preparo do Solo
As áreas destinadas ao cultivo de essências florestais devem receber cuidados especiais, visto que dela dependerá, em grande parte, o resultado da atividade. 
O principal objetivo do preparo da área é oferecer condições adequadas ao plantio e estabelecimento das mudas no campo. Como condições adequadas, podemos considerar a redução da competição por ervas daninhas, melhoria das condições físicas do solo (ausência de compactação) e a presença de resíduos da exploração (folhas e galhos devidamente trabalhados para não prejudicarem as operações que demandam uso de máquinas).
Estes resíduos são importantes na manutenção da matéria orgânica no solo e conseqüentemente na ciclagem e disponibilização de nutrientes às plantas.

Controle de Formigas
As formigas cortadeiras são as principais pragas no estabelecimento de um povoamento florestal, com potencialidade de danos significativos inclusive durante os anos de crescimento da floresta.
Após a limpeza de vegetação, enleiramento, roçadas ou trituração de resíduos florestais, recomenda-se a espera de aproximadamente 30 dias para que o combate às formigas seja iniciado, tempo suficiente para que os formigueiros se restabeleçam e retornem às suas atividades normais.
Normalmente nas áreas propensas às infestações de formigas, ocorrem diversas espécies e até gêneros diferentes, o que exige diferentes métodos, processos e produtos para seu eficiente controle. As formigas consideradas potencialmente mais críticas em termos de danos à silvicultura brasileira, e que ocorrem em quase todos os estados, são as do gênero Atta, comumente conhecidas como saúvas, e as Acromyrmex.
Vários métodos e produtos para o controle são normalmente utilizados, muito embora os controles manuais com inseticidas granulados, atualmente à base de sulfluramidas e a base de fipronil são os mais empregados e recomendados, devido ao menor dano ao meio ambiente e pela maior disponibilidade no mercado. Desta forma os tornam mais competitivos em termos de custos e porque sua distribuição no campo torna-se bastante prática e com alto rendimento operacional, fazendo com que seu custo seja viabilizado. O combate a formiga será feito após a implantação somente caso haja infestação e dano as mudas plantadas, para se minimizar o dano ao meio ambiente.

Adubação das Mudas
A primeira adubação, também chamada de adubação de plantio, normalmente é realizada concomitantemente ao preparo do solo. Devem ser realizadas as adubações seja direta, em covas ou foliar, devem ser utilizados adubos orgânicos indicados no Anexo II da Instrução Normativa n. 07 de 17 de maio de 1999, do Ministério da Agricultura, que regulamenta a produção orgânica no país.

Tratos Culturais
A manutenção das mudas será realizada sempre que necessário, com a limpeza do coroamento em cada árvore plantada para o controle de ervas daninhas e para manter por mais tempo o acúmulo de água. Esse procedimento é realizado com 60 cm de raio ao redor das mudas, com o uso de enxada. Com esse procedimento as mudas terão o controle do mato evitando assim morrer ou não se desenvolver por falta de d’água, luz e nutrientes. Será colocada bastante cobertura morta sobre estas coroas. As regas deverão ser constantes, principalmente no início do plantio e em épocas de estiagem, para manter o bom desenvolvimento das mudas e proporcionar a germinação de sementes que caem sobre o solo, vindas das áreas adjacentes.



XII - Metodologia de Avaliação da Recuperação
Deverão ser feitas avaliações periódicas da sobrevivência das mudas, através de análise visual. A manutenção terá um importante papel na adaptação das espécies implantadas, tendo como tratos culturais a conservação da integridade física e nutricional das mudas, através da aplicação de compostos orgânicos, regas periódicas, vistorias fitossanitárias e introdução de novas espécies, principalmente as climácicas, nas condições ideais de desenvolvimento.
A manutenção será realizada pelo proprietário da área, com auxílio do Engenheiro Agrônomo responsável pela execução do projeto sempre que necessário, sendo este mesmo profissional que elaborará os relatórios semestrais pertinentes ao processo.
Caso seja necessário o controle de pragas ou doenças no processo de recuperação, serão utilizados métodos indicados no Anexo III da Instrução Normativa n. 07 de 17 de maio de 1999, do Ministério da Agricultura.

Replantio
O replantio deverá ser feito, mediante vistoria e avaliação em campo, em até 30 dias após o plantio, repondo-se as plantas mortas, e adotando a mesma metodologia do plantio.

Metodologia de avaliação de recuperação
Serão feitas avaliações periódicas do processo de recuperação com o objetivo de controlar possíveis processos erosivos e garantir a sobrevivência das mudas. Estas avaliações juntamente do acompanhamento da cobertura do solo serão descritos periodicamente no relatório de avaliação de recuperação. A avaliação da recuperação deverá contemplar os seguintes itens:

- Avaliação da percentagem de cobertura do solo;
- Avaliação da contenção ou persistência de processos erosivos;
- Avaliação da sobrevivência de mudas e sementes implantadas;
- Avaliação da abundância e densidade de espécies vegetais
- Avaliação da regeneração natural.


XXIII - Cronograma de Execução / Tratos Culturais / Avaliação
ANO/TRIMESTRE

OPERAÇÕES
1º ANO
2º ANO
3º ANO
4º ANO
2 º
2 º
2 º
2 º
Placa de identificação
X















Abertura de covas
X
X














Adubação
X
X














Aquisição de mudas
X
X














Plantio

X
X













Combate a formiga

X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Manutenção de limpeza


X
X
X


X
X


X
X


X
Replantio



X
X
X
X
X








Relatório



X



X



X



X





























































































































































































































Observações Complementares
Obs: O início da execução do PRAD deve estar previsto para 60 dias após a data de protocolo do mesmo.







XIV - Técnico Responsável pela Elaboração do PRAD

Nome
Ricardo Werner Plothow
Data
11 de outubro de 2011




______________________________
Assinatura


XV - Técnico Responsável pela Execução do PRAD

Nome
Ricardo Werner Plothow
Data
11 de outubro de 2011




______________________________
Assinatura


XVI - Detentor do PRAD ou representante legal

Nome

Data
11 de outubro de 2011




______________________________
Assinatura







XVII - BIBLIOGRAFIA




SEMA. Mapeamento da Floresta Atlântica do Estado do Paraná, Curitiba, 2002  91p.

SEMA. Caracterização da Atividade Mineral – Programa Proteção da Floresta Atlântica – Paraná. Curitiba, 2002 107p.

CLAUDINEI TABORDA DA SILVEIRA Estudo das Unidades Ecodinâmicas de Instabilidade Potencial na APA Guaratuba: Subsidios para o Planejamento Ambiental. n. 57,2005, Boletim Paranaense de Geociências p. 9-23

DA SILVEIRA, CLAUDINEI TABORDA,et al. Influencias Antrópicas no Remanescente da Floresta Atlântica na Área de Proteção Ambiental de Guaratuba.


Levantamento de reconhecimento dos solos do Estado de Santa Catarina. - Rio de Janeiro : EMBRAPA-CNPS, 1998. CD-ROm - (EMBRAPA-CNPS. Boletim de Pesquisa ; n. 6).

Zanotelli,  Cladir  Teresinha, Conhecendo a bacia hidrográfica do rio Cubatão do Norte  /  Cladir  Teresinha  Zanotelli,  Ana  Paula  Marotto Homrich,    Fabiano  Antonio  de  Oliveira.  –  Joinville,  SC  :  Editora da  Univille,  2009.50  p.  :  il.  ;  24  cm.

Descrição dos aspectos fisiográficos da bacia do rio Cubatão, região nordeste de Santa Catarina *GONÇALVES, M. L., CARVALHO, R. J., VOLTZ, R. R,.BARBOSA, A. Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE – Depto. de Geografia Campus Universitário s/n – Bom Retiro – CEP 89201-972 – Cx. Postal 246 *Joinville – SC – e-mail:  mlopes@univille.edu.br Dez 2002

Manual de recuperação de matas ciliares para produtores rurais, Governo do Estado de São Paulo, 2006 CATI;

Pacto pela restauração da mata atlantica – referencial dos conceitos e ações de restauração florestal, 2009, São Paulo – LEARF/ESALQ.